O desenrolar da humanidade levou nos a atingirmos um certo avanço em nossa liberdade individual e em conquistas inalienáveis do ser humano promovendo um entendimento e uma maior preocupação com os seus direitos em detrimento dos seus deveres.
Valores morais.
Valores morais estão profundamente enraizados na profundidade da alma.
Grandes homens não vendem seus valores. Morrem por eles.
Valores morais são aqueles ligados à natureza do comportamento moral dos homens.
Um comportamento moralmente aceitável é definido por um código de conduta de grupo. Esse código muitas vezes está implicitamente gravado na memória coletiva em função da cultura, do meio e da história de um povo. Outras vezes este código de comportamento está também estabelecido nas leis de uma nação.
É fato que todos os dias somos confrontados com situações/problemas em que temos que decidir sobre coisas que envolvem e interferem na nossa liberdade de escolha e na liberdade de outros. A simples coexistência implica que as nossas decisões se alternem entre a necessidade de cumprir normas e a vontade de cumprir/exercer e agir em função de valores/princípios (ideais) de conduta que impomos a nós mesmos, mas que também esperamos que os outros as sigam ou pelo menos os aceitem.
Ora a este respeito, há situações em que revelamos profundas dúvidas/incertezas sobre a opção mais correta que devemos tomar. Então, neste caso, estamos perante situações que envolvem dilemas de difícil resolução, situações em que existem algumas escolhas disponíveis, mas nenhuma dela parece satisfatória, sendo uma exigência escolher a melhor de todas.
Um Caso de Indulto
Quando Luís tinha 18 anos, estava envolvido com drogas e, em companhia de outros jovens de sua idade, assaltaram a casa de uma mulher viúva e mãe de dois filhos pequenos. Roubaram cem mil pesetas que a mulher possuía para pagar o colégio de um de seus filhos, e mais alguns objetos avaliados em trezentas mil pesetas e de valor sentimental.
A sentença do Tribunal de Granada condenou-o, em 1985, a mais de dois anos de prisão. A sentença foi recorrida e o Supremo Tribunal ratificou a condenação somente sete anos depois do ocorrido.
Neste tempo, Luís casou-se, teve um filho e trabalha em Jaén como peão em uma empresa de construção. Agora tem que cumprir o tempo de cárcere que sentenciaram. Seu advogado fez um pedido de indulto para Luís, alegando que já está reintegrado à sociedade.
Pergunta-se:
1. Luís deve ser absolvido?
2. Seria justo tirá-lo de sua família e de seu trabalho para ser punido com um fato ocorrido há sete anos atrás?
3. A mulher que sofreu o assalto não deveria ser ressarcida de alguma forma?